O Desáfio de Setti
O André Setti me lançou um desafio: - Vamos fazer um poema em 12 minutos, aqui mesmo no msn? eu disse: - ok, vamos lá, parece interessante.
Eis o feito. O azul é a cor predileta dele, a minha tb, então decidí não separar os versos dele dos meus com cores (essa era minha idéia inicial), mas, mudei para criar uma unidade e não atrapalhar a leitura.
Quando o Sol se Afoga no Mar
a orla marítima nos deu um nome,
um filme de nossas margens sobrevoou as ondas,
onde a memória é meu refúgio,
pois a vejo nas léguas, no convés ao redor,
e o vento revela seu cheiro,
como um nome esquecido no tempo
de nós dois, de nossas décadas,
e não esqueço o som de sua voz,
quando ela canta em meu peito
a imensidão dos crepúsculos
feito a parteira das ondas
com seu instrumento de fuga,
de tempo, de olhar distante.
ela era o meu lamento, minha odisséia,
meu canto, meu vinho, meu castelo,
cada pedra que coloquei em seus muros.
tudo isso é nossa correnteza
os sonhos por tua ausência,
num tempo peregrino,
o deserto onde me arrasto,
até a cobra que calmamente me espreita
entre mim e o sol,
a morte e a memória do tempo.
André Setti / Vitor Novais
Eis o feito. O azul é a cor predileta dele, a minha tb, então decidí não separar os versos dele dos meus com cores (essa era minha idéia inicial), mas, mudei para criar uma unidade e não atrapalhar a leitura.
Quando o Sol se Afoga no Mar
a orla marítima nos deu um nome,
um filme de nossas margens sobrevoou as ondas,
onde a memória é meu refúgio,
pois a vejo nas léguas, no convés ao redor,
e o vento revela seu cheiro,
como um nome esquecido no tempo
de nós dois, de nossas décadas,
e não esqueço o som de sua voz,
quando ela canta em meu peito
a imensidão dos crepúsculos
feito a parteira das ondas
com seu instrumento de fuga,
de tempo, de olhar distante.
ela era o meu lamento, minha odisséia,
meu canto, meu vinho, meu castelo,
cada pedra que coloquei em seus muros.
tudo isso é nossa correnteza
os sonhos por tua ausência,
num tempo peregrino,
o deserto onde me arrasto,
até a cobra que calmamente me espreita
entre mim e o sol,
a morte e a memória do tempo.
André Setti / Vitor Novais
4 Comments:
"os sonhos por tua ausência..."
românticos...
quero mais é que o sol se afogue no mar e que a lua venha com seus encantos... quem sabe eu morra junto com essa memória...
embora que, "entre eu e o sol, a morte e a memória do tempo", opto, por mais que doa, com a memória...
esses versos já dá outro poema, rs.
;)
Vitor,
escrevo o que comentei deste trabalho ao André:
é perder a memória...mas na verdade, uma BAITA BUSCA de SAUDADE PERPÉTUA...
beijos poéticos
Maísa, curti muito seu blog, obrigado por comentar e apareça sempre, será um prazer.
Buscar uma saudade que perpetue, seria uma forma de tentar esquecer de si mesmo?
bjs poéticos ;)
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